“Não existia pauta feminina, não existia diretos reconhecidos das mulheres, não existia igualdade salarial, não existia nenhum tipo de violência. Tudo era ‘normal’. A gente se defendia do jeito que a gente podia”, desabafou.
A frase de Luíza Brunet está na matéria do Estadão sobre o novo documentário de Xuxa, que estreia na Globoplay na quinta-feira, 13. É uma frase dura e real, que retrata a importância de falarmos sobre o assédio. Se não falamos, normalizamos. Se normalizamos…
Ser vítima de assédio não te torna uma vitimista. Ser vítima de assédio e denunciar te faz parte de uma mudança cultural e comportamental necessária e urgente. Não pode ser comum receber propostas financeiras em troca de sexo, como aconteceu com Xuxa, Luíza e tantas outras mulheres. (vale também para os homens, claro).
Ver figuras públicas falando sobre esse tema certamente ajuda mulheres que passaram pela mesma situação. A gente acha que é só com a gente. Não é! Mas, infelizmente, a impunidade prevalece ainda. As leis são frágeis e ainda protegem o assediador. Até porque, o sistema de justiça no Brasil reflete todo machismo da sociedade. Foi só uma piada, foi só uma brincadeira, você deu abertura… São muitas as desculpas para acobertar um crime. Assédio é crime.